Segunda filha do dentista Augusto Lopes Pontes, professor da
Faculdade de Odontologia, e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes,
ao nascer em 26 de maio de 1914 em Salvador, Irmã Dulce recebeu o nome
de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes.
Aos 13 anos, ela já havia
transformado a casa da família, na Rua da Independência, 61, num centro
de atendimento a pessoas carentes. É nessa época que ela manifesta
pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa, após visitar
com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres.
A sua vocação para trabalhar em benefício da população carente
teve a influência direta da família, uma herança do pai que ela levou
adiante, com o apoio decisivo da irmã, Dulcinha.
Em 8 de fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como
professora, Maria Rita entrava para a Congregação das Irmãs
Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São
Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, em 15 de agosto de
1934, era ordenada freira, aos 20 anos de idade, recebendo o nome de
Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um
colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na
Cidade Baixa, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado para o
trabalho com os pobres. Já em 1935, dava assistência à comunidade pobre
de Alagados e de Itapagipe, também na Cidade Baixa, área onde viriam a
se concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce.
Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugurava o Colégio Santo Antônio,
escola pública voltada para operários e filhos de operários, no bairro
da Massaranduba.
Nesse mesmo ano, Irmã Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos
Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar,
ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários
lugares, até, por fim, instalá-los no galinheiro do Convento Santo
Antônio, que improvisou em albergue e que deu origem ao Hospital Santo
Antonio, o centro de um complexo médico, social e educacional que
continua com as portas abertas para os pobres da Bahia e de todo o
Brasil.
Na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil,20 de outubro de 1991; João Paulo II fez
questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo
Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de
enferma. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a
morte do Anjo Bom.
Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar
78 anos.
Dia 22 de maio de 2011 e a Carta Apostólica que alçava Irmã Dulce à
condição de Bem-aventurada acabava de ser lida pelo delegado papal Dom
Geraldo Majella
“Por Nossa autoridade Apostólica, damos a faculdade para que a Venerável Serva de Deus Dulce Lopes Pontes,seja chamada de hoje em diante com o nome de Bem Aventurada, com sua
festa fixada no dia 13 de Agosto, nos lugares e modos estabelecidos pelo
direito, podendo ser celebrada cada ano”.
A beatificação é a última etapa antes da canonização - para a qual será necessária a comprovação de mais um milagre.
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Fonte : (http://www.irmadulce.org.br)
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