Porque falar de Santa Rita de Cássia?!
Porque antes de ser
"Santa", ela foi filha, esposa e mãe.
Viveu no século XIV em
Roccaporena - Itália.
Já fazem 548 anos de sua morte e seu corpo está em
Cássia, intácto.
Jamais sofreu qualquer tratamento químico para a sua
conservação.
Filha única, foi mãe, viúva, religiosa, esposa maltratada, estigmatizada e santa incorrupta. A casa natal
de Santa Rita está perto de Cássia, entre as montanhas, a umas quarenta milhas
de Assis, na Úmbria, região do centro da Itália. Nasceu em Maio do ano 1381, um
ano depois da morte de Santa Catarina de Siena.
Sua vida começou em tempo de guerras, terremotos, conquistas
e rebeliões. Países invadiam a países, cidades atacavam a cidades vizinhas,
vizinhos lutavam com os vizinhos, irmão contra irmão.
Nascida de devotos pais, Antonio Mancini e Amata Ferri, que
se conheciam como os "Pacificadores de Jesus Cristo", pois os
chamavam para apaziguar brigas entre vizinhos.Eles não necessitavam de
discursos poderosos nem discussões diplomáticas, somente apelavam a Jesus.
Sentiam que somente assim se podem apaziguar as almas.
Seus pais, sem ter aprendido a ler ou escrever, ensinaram a
Rita desde menina tudo acerca de Jesus, a Virgem Maria e os mais conhecidos
santos. Rita, igual a Santa Catarina de
Siena nunca foi à escola para aprender a escrever ou a ler (A Santa Catarina
foi dada a graça de ler milagrosamente por nosso Senhor Jesus Cristo), para
Santa Rita seu único livro era o Crucifixo.
Ela queria ser religiosa durante toda sua vida, mas seus
pais, avançados em idade, escolheram
para ela um esposo, Paolo Ferdinando, o que não foi uma decisão muito sabia.
Mas Rita obedeceu.
Depois de Matrimônio, seu esposo demonstrou ser bebedor,
mulherengo e abusador.
Quanto padeceu ela no
longo período de 18 anos que viveu com seu esposo! Não tem conta as vezes que
bebeu o cálice da amargura até a última gota; incontáveis os atos de paciência
e resignação que praticou, as lágrimas ardentes que derramou... Injuriada sem
motivo, não tinha uma palavra de ressentimento; espancada, não se queixava e
era tão obediente que nem à Igreja ia sem a permissão de seu brutal marido.
A mansidão, a docilidade e a prudência da esposa, porém, suavizaram aquela rude impetuosidade,
conseguindo transformar em manso cordeiro aquele leão furioso. Com que
eloquência ensinava às suas vizinhas casadas o modo de manter a paz e a
harmonia com seus esposos. Elas, admiradas por nunca terem visto divergências
em casa de Rita, iam com frequência consolar-se com ela e expor os dissabores e
ultrajes que recebiam de seus maridos.
Tiveram dois gêmeos, os quais herdaram o temperamento do
pai. Rita se preocupou e orou por eles. Depois de vinte anos de matrimônio e
oração por parte de Rita, o esposo se converteu, pediu-lhe perdão e lhe
prometeu mudar sua forma de ser. Rita perdoou e ele deixou sua antiga vida de
pecado. Passava o tempo com Rita nos caminhos de Deus.
Isto não durou muito, porque enquanto seu esposo havia se
reformado, não foi assim com seus antigos amigos e inimigos.
No dia seguinte, o encontraram assassinado.
Sua pena foi aumentada quando seus dois filhos, que eram
maiores, juraram vingar a morte de seu pai. As súplicas não conseguiram
dissuadi-los.
Foi então que Santa Rita, compreendeu que, mais vale salvar
a alma que viver muito tempo, rogou ao Senhor que salvasse as almas de seus dos
filhos e que tirasse suas vidas antes que se perdessem para a eternidade por
cometer um pecado mortal. O Senhor respondeu a suas orações... Os dois
padeceram de uma enfermidade fatal. Antes de morrer conseguiram perdoar aos
assassinos de seu pai. Rita esteve convencida de que eles estavam com seu pai
no céu.
Ao estar sozinha não se deixa vencer pela tristeza e pelo
sofrimento. Santa Rita quis entrar no Convento com as irmãs Augostinianas, mas
não era fácil conseguir. Não queriam uma mulher que havia estado casada.
Uma noite, enquanto Rita dormia profundamente, ouviu que a
chamavam: Rita, Rita, Rita! Isto ocorreu três vezes, a terceira vez Rita abriu
a porta e ali estavam São Augustinho, São Nicolau de Tolentino e São João
Batista de qual ela havia sido devota desde muito menina.
Eles lhe pediram que
os seguissem. Depois de correr pelas ruas de Roccaporena; no pico de Scoglio,
onde Rita sempre ia orar sentiu que a levantaram no ar e a empurravam
suavemente.
Encontrou-se acima
do Monastério de Santa Maria Madalena em Cássia. Então caiu em êxtase. Quando
saiu do êxtase se encontrou dentro do monastério embora todas as portas
estivessem trancadas, ante aquele milagre as monjas Augostinianas não puderam
negar-lhe entrada. É admitida e faz a profissão esse mesmo ano de 1417, e ali
passa 40 anos de consagração a Deus.
Um dia Rita foi posta a prova por sua Madre Superiora; que
regasse de manhã e à tarde um galho seco, provavelmente um ramo de videira
ressequido e já destinado ao fogo. Rita não ofereceu dificuldade alguma, e de
manhã e de tarde, com admirável simplicidade, cumpria essa tarefa, enquanto as
irmãs a observavam com irônico sorriso. Uma manhã a planta se havia convertido
em uma videira com flores e deu uvas que se usaram para o vinho sacramental.
Durante a Quaresma do ano 1443, foi a Cássia um pregador
chamado Santiago de Monte Brandone, que deu um sermão sobre a paixão de Cristo
que tocou tanto a Rita que, a seu retorno ao monastério, pediu fervorosamente
ao Senhor ser participante de seus sofrimentos na cruz; a tanto chegou o seu
amor na consideração das dores de Jesus que, um dia, prostrada aos pés do
Crucificado, pediu amorosamente ao Senhor que lhe fizesse sentir um pouco
daquela imensa dor que ele havia sofrido pregado na cruz. Oh! prodígio!
Da coroa que cingia a cabeça da imagem do Redentor,
desprendeu-se um espinho, que se cravou na fronte da Santa. A Santa aceitou
isto como um novo favor do céu, ficando, assim livre para tratar mais
intimamente com Deus. Ali redobrou as suas penitências, os seus jejuns e as
suas orações, esforçando-se em unir-se mais estreitamente com Jesus, seu celestial
esposo.
As chagas de Santa Rita, sem dúvida exalavam um odor
pútrido, pelo que devia afastar-se das pessoas. Por 15 anos viveu sozinha,
longe de suas irmãs monjas. O Senhor lhe
deu uma trégua quando quis ir a Roma para o primeiro ano Santo.
Os últimos anos de sua vida foram de expiação. Uma
enfermidade grave e dolorosa a deixou imóvel sobre sua humilde cama de palha
durante quatro anos.
Durante a enfermidade; a pedido seu lhe apresentaram algumas rosas
que haviam brotado de maneira prodigiosa no frio inverno em sua horta de
Rocaporena. Ela as aceitou sorrindo como um dom de Deus.
Santa Rita percorreu o caminho da perfeição, a via
purgativa, a iluminativa e unitiva. Conheceu o sofrimento e em tudo cresceu em
caridade e confiança em Deus.
O crucifixo é seu
melhor Mestre.
"Chegou o
tempo, minhas queridas irmãs, de sair deste mundo. Deus assim o quer. Muito vos
ofendi por não vos ter amado e obedecido como era de minha obrigação; com toda
minha alma vos peço perdão de todas as negligências e descuidos.
Reconheço que vos
tenho molestado por causa desta ferida da fronte; rogo-vos que tenhais piedade
das minhas fragilidades.
Perdoai minhas
ignorâncias e rogai a Deus por mim, para que minha alma alcance a paz e a
misericórdia da clemência divina..."
Cessou de falar e
cerrou os olhos como se estivesse dormindo... e acordou no céu entre os anjos e
santos.
Era o dia 22 de maio de 1457 e contava a santa 76 anos de
idade. Era o fim de uma vida cheia de sofrimentos.
Santa Rita é padroeira das
Causas impossíveis, dos doentes e das mães.
SANTA RITA DE CÁSSIA , ROGAI POR NÓS!
LEÂO XIII A CANONIZOU EM 1900. (http://www.santaritadecassia.xpg.com.br/Historia.html)
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