domingo, 22 de julho de 2012

Catolicismo: a única religião monoteísta a venerar um mulher








Dentro das religiões monoteístas, o catolicismo é a única que presta reverência a uma mulher tendo esta um papel fundamental. “A grande fé cristã se resume nessa formula: Jesus Cristo nasceu e ressuscitou para a nossa salvação, mas Ele entra no mundo através de uma mulher: Maria”. É o que explica o antropólogo e doutor em teologia, professor Lino Rampazzo.

Segundo o teólogo, a Virgem Maria tem um papel determinante na Bíblia. No Novo Testamento e nos Atos dos Apóstolos, explica o professor, ela aparece poucas vezes, mas em momentos fundamentais: anunciação, nascimento de Cristo, primeiro milagre nas Bodas de Caná, aos pés da cruz e no nascimento da Igreja, no Pentecostes.

O estudioso destaca ainda é Maria a mulher que mostra os cumprimentos das palavras do Antigo Testamento, exemplo de fé e obediência: Ela  reza os Salmos, cumpres os preceitos religiosos levando o menino Jesus ao Templo, e ao mesmo tempo é aquela que acolhe e medida as palavras de Cristo em seu coração.

Por meio dos quatro dogmas – virgindade, imaculada conceição, maternidade divina e assunção ao Céu – a Igreja Católica apresenta essa mulher extraordinária que é Maria, enfatiza o teólogo, e todos esses dogmas leva a Cristo. “Ao mesmo tempo que Deus é quem dá a Salvação Ele pede a  colaboração humana, pedindo a Maria sua colaboração, e ela se mostra disposta e acredita. E tudo isso nos vem pelas mãos de uma mulher”, afirma.

E dizer que Maria é a mãe de Deus, para o professor, é a forma mais fácil de entender que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem: “Virgem mãe filha do seu Filho”.
A  visão de Maria assunta no céu mostra aos cristãos que a meta de todos não está na vida presente, como ressalta o professor, ao afirmar também que ela é aquela que participou primeiramente da salvação de Cristo, por meio dessa assunção.
“Não podemos dizer que falar de Maria nos afasta de Cristo porque tudo que é grande em Maria tem seu fundamento em Cristo”, destaca  Lino Rampazzo.

As mulheres da Bíblia
 

O doutor em teologia salienta também a forte presenta feminina na Bíblia, lembrando as mulher que acompanhava Jesus e os apóstolos. “No momento mais difícil quando Jesus dá seu supremo testemunho na cruz há somente um homem presente e todas as outras eram mulheres. E no dia da ressurreição são as mulheres que vão no túmulo de Jesus”, elucida o professor.
Santo Ambrósio, por exemplo, define a importância de Maria Madalena chamando-a de “apóstola dos apóstolos”, justamente porque é ela quem anunciou a ressurreição aos discípulos.

As grandes mulheres da Igreja

Já no Livro do Gênesis, quando é explicada a criação da humanidade, Deus mostra o papel do homem e da mulher. “Dizer que mulher saiu da costela do homem, significa mostrar que ela não está acima ou abaixo, mas ao lado, a mulher é a companheira do homem, ela o completa. O homem não conseguiria traduzir todos os dons da humanidade se não colocasse a mulher ao seus lado”, enfatiza o teólogo.

Para Lino Rampazza, a mulher é o coração da sociedade e o seu maior dom é a afetividade; sem ela a sociedade seria fria e não perceberia todos os aspectos da realidade.
“Se olharmos as figuras dos grande homens, vemos ao seu lado a figura de uma mulher. Muitas vezes é uma mãe, esposa, uma filha, uma figura de uma mulher que o fez entender e agir melhor na sociedade”, destaca.

No decorrer dos séculos, as mulheres desempenham papéis de grande importância e notoriedade na Igreja e na sociedade.

 Entre elas, destacam-se as doutoras da Igreja - Santa Catarina de Sena, Santa Teresinha do Menino Jesus e Santa Teresa d’Ávila – , as grandes santas como Santa Clara de Assis, Santas Perpétua e Felicidade, as mártires Santa Águeda e Santa Luzia, e as grandes mulheres católicas do século XX como Madre Teresa de Calcutá e Chiara Lubich.



Fonte Canção Nova



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